sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


BAHIA
22 de fevereiro de 2013, 07:11

Antonio Imbassahy: Bem-vinda seja, mulher cubana

Não vamos nos calar, nos omitir diante dos atos de intolerância promovidos por facções de partidos políticos  (PT e PCdoB ...) e grupelhos militantes  atrelados a órgãos e entidades que se autodenominam progressistas e de esquerda contra a visita e a manifestação livre de opinião da jornalista blogueira cubana  Yoani Sánchez, obrigando-a a cancelar eventos programados em Feira de Santana e Salvador.  Não é da índole, da tradição hospitaleira do nosso povo esse tipo de comportamento típico de regimes e setores autoritários e antidemocráticos. As manifestações agressivas contra a ativista política, criadora do polêmico e mundialmente acessado blog Geração y – que denuncia as mazelas do regime dos irmãos Castro – têm gerado desconforto internacional para a democracia brasileira.  É preciso dizer com clareza para que certos grupos que se imaginam “avançados” compreendam: Yoani Sánchez é uma mulher jovem, casada, mãe de filhos, cubana por nascença e opção de vida, inteligente, jornalista e tem o direito fundamental de pensar diferente e de se expressar livremente, em seu país ou fora dele. São direitos humanos. Ela veio nos visitar, pela primeira vez – depois de mais de 20 anos tentando visto de saída de seu país -, para participar do lançamento do filme Conexão Cuba- Honduras, do cineasta baiano Dado Galvão, um dos promotores do evento, que teve como convidado ainda o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), em Feira. A fita não foi exibida e o senador e a jornalista cubana foram vaiados, xingados, desrespeitados, agredidos verbalmente a ponto de a visitante ter declarado, depois, ter vivido uma “situação de risco físico”. Deplorável, ainda mais sendo atos perpetrados por quem se diz “defensores das liberdades democráticas”.  Como bem disse a ABI-Associação Baiana de Imprensa, em nota oficial : “... atos de intolerância daqueles que abominam o contraditório, por não entendê-lo, ou não o desejarem como uma forma de aprimoramento da democracia”. Leia mais no Correio.

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