terça-feira, 12 de março de 2013

Alta temperatura e falta de chuva baixam nível das lagoas da cidade


SALVADOR
12 de março de 2013, 08:28


Alexandre Lyrio e Thais Borges
Nas horas vagas, o taxista Carlos de Jesus, 38 anos, dá uma de pescador. Sai de Narandiba e, em vez de seguir até a praia, prefere parar na avenida Paralela mesmo. Pois é. Tem peixe na via mais movimentada da cidade. Ou pelo menos tinha.  “Desse jeito aí ta difícil pegar minhas tilápias”, lamenta Carlos. É que, com a falta de chuva, a lagoa localizada na altura do Posto 1 está praticamente seca. Ela e quase todas as lagoas de Salvador. No sábado, o CORREIO mostrou que a mais ilustre lagoa da capital, a do Abaeté, sofre com a seca e expõe muito mais de sua areia branca do que da água escura. O nível era de 17,24 metros. O patamar mais baixo marcado anteriormente foi de 17 metros, em 2009. Fora dos períodos de pouca chuva, o Abaeté chega a ter profundidade variando entre 50 m e 70 m. O coordenador de monitoramento do  Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Eduardo Topázio, explica o que causa a baixa das lagoas da cidade: “Nessa época, com pouca chuva, muita evaporação e muito calor, tende a diminuir. Além disso, tem o fato de que as dunas não estão íntegras como no passado, já que foram degradadas pela ocupação”.Na Paralela, onde Carlos ia pescar, a lagoa praticamente já não existe. As marcas nos pilares da passarela mostram que as águas chegam a ter profundidade. “Algumas pessoas chegam a se jogar lá de cima”, entrega o pescador taxista, conhecedor da área. Leia mais no Correio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário