terça-feira, 12 de março de 2013

“Se o PT disser que não tem nome, nós vamos buscar outros”, diz governador sobre 2014


BAHIA
12 de março de 2013, 10:23


Emerson Nunes
O governador Jaques Wagner (PT) se mostrou hoje contrário à antecipação da escolha do nome do PT à sua sucessão para agosto, mês imposto pelo presidente da legenda, Jonas Paulo. “Eu também sou contra a antecipação. O PT tem quatro nomes apresentados. Eu acho que a melhor forma que esses nomes têm de crescer e se credenciar perante o PT e o governador é trabalhar muito, ao invés de ficar fazendo palanque. Mas eu acho que se as pessoas trabalharem para o projeto que está em curso não tem como não ter o apoio do governador ou da presidenta”, explicou em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira. Wagner falou pouco sobre a influência da política nacional, mas reconheceu a influência e o trabalho do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para se credenciar como presidenciável, o que pode interferir no planejamento do partido na Bahia. “Tem essa questão nacional com o PSB”, admitiu. Também admitiu que nomes da base pudessem ser lançados candidatos e citou a senadora Lídice da Mata (PSB). “É uma hipótese. É um nome que está colocado. Evidentemente que quem já foi prefeita, quem já foi senadora [tem legitimidade]. Ela tem história, mas eu não vou ficar transformando isso numa panela de pressão. Nós temos bons nomes dentro do grupo. Quando eu falo grupo, eu falo todo mundo. Se o PT disser que não tem nome, nós vamos buscar outros: Lídice, Otto, Marcelo Nilo e vários nomes que estão aí. Eu espero que esses nomes mantenham a unidade e se agreguem para fazer. Se a gente chegar em 2014, bem aí a gente decide. Hoje a minha preocupação maior é manter a unidade. Eu não estou tratando de nome, isso é conversa para o quatro trimestre deste ano”, frisou. Sobre os quadros da oposição, Wagner preferiu não comentar, mas disse o que achava da possibilidade de o prefeito ACM Neto (DEM) deixar a Prefeitura antes do fim do mandato para se lançar ao governo da Bahia. “Historicamente, todo mundo que largou para concorrer para outra coisa o povo não aprovou, mas aí é uma decisão dele. Para quem ganhou uma Prefeitura como essa, com um ano e três meses dizer 'vou para outra empreitada' é arriscado. Mas eu não sei como a oposição vai se comportar. Do meu lado, eu tenho que trabalhar e não ficar pensando nisso”. O governador aproveitou para comentar o seu relacionamento com os prefeitos de partidos da oposição, especialmente o mandatário da capital, que considerou “absolutamente normal”. “É obvio que é um adversário político, não dá para mentir (sobre) isso. A gente tem conversado. Agora tem essa coisa do metrô, que eu espero terminar depois de amanhã. Toda obra que eu vou fazer ou lançar eu chamo o prefeito e ele já esteve em vários atos comigo. Nessas coisas, todo mundo ganha. Eu vou ao interior inaugurar a obra e, às vezes, o prefeito é do DEM, como ele é do DEM, e o prefeito fica grato. Minha relação com ele está boa e com José Ronaldo também - vou recebê-lo porque tem muita obra ali para acabar com engarrafamento na entrada de Feira de Santana. O aeroporto, pode escrever, vai ser o primeiro da lista, a presidenta Dilma virá anunciar, vai ter um investimento entre R$ 150 e R$ 200 milhões. Eu quero transformar Feira de Santana num segundo aeroporto aqui da Bahia”, garantiu. Outro episódio lembrado por ele foi o encontro com o vereador Soldado Prisco (PSDB), no camarote do governo. “Teve aquele episódio que Prisco foi me visitar e o pessoal ficou todo estressado. O cabra é vereador pede para vir falar e eu que vou dizer que não falo? Vou falar como falo com todas as lideranças, como Capitão Tadeu (PSB), como o Sargento Isidoro (PSB), como as associações todas. Agora tudo dentro de um limite”, concluiu.

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