quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Motorista acusado de esmagar médico e irmã é afastado por empresa de ônibus

O motorista Jocival Pinto, acusado de esmagar o médico Raimundo Pereira da Silva Filho e sua irmã, Arli Patrícia Silva, foi afastado de suas funções, de acordo com nota divulgada pela empresa Via Nova. A empresa, que considera o ocorrido um acidente, afirma que deu assistência às vítimas e familiares e que está aguardando a conclusão do inquérito polícial.

Na nota, a empresa não presta esclarecimentos sobre os motivos que teriam levado o motorista Jocival Pinto a utilizar o ônibus para agredir as vítimas. Se comprovada a intenção em ferir o médico e sua irmã, ele poderá ser indiciado por lesão corporal dolosa.


A fotografia do motorista no ônibus foi tirada por familiares após o acidente (Foto: Acervo pessoal)

O delegado Joelson Reis, da 23ª Delegacia Territorial (Lauro de Freitas), é responsável pela apuração do caso e esteve na tarde desta quinta-feira (17) na sede da empresa para tentar localizar o funcionário, que já se encontrava afastado. "Não o encontramos, mas deixamos um ofício para ele e o cobrador do ônibus, intimando os dois para prestar esclarecimentos", declarou. O delegado acrescentou ainda que colheu junto à fontes da empresa a informação de que Jocival teria sido demitido, o que foi negado pela Via Nova.

Raimundo teve traumatismo craniano e lesão na coluna, além de fraturas (Foto: Acervo pessoal)
Raimundo Pereira continua internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Aliança, onde deu entrada na segunda-feira (14) com traumatismo craniano e lesão na coluna cervical, além de fraturas no cotovelo direito e na tíbia. De acordo com o amigo da vítima, Raul Schwab, o estado dele continua estável, mas sem previsão de alta médica.

Sobre o acidente

Raimundo ia para a Praia do Forte com sua irmã, Arli Patrícia Silva, e sua mãe, Gerofla Barreto da Silva, quando o carro em que estavam foi atingido nos fundos pelo ônibus na Estrada do Coco. Os três eram seguidos por Nirlana Fernandes Teixeira, que está grávida de seis meses, sua filha de 2 anos e uma babá, que iam em um outro veículo e pararam ao perceber o acidente.

A lateral do veículo ficou destruída após o avanço do ônibus contra as vítimas (Foto: Acervo pessoal)

Em depoimento, a família alega que Raimundo, Nirlana e Arli fizeram fotos da batida em um celular e, quando retornavam para seus veículos, o motorista acelerou o ônibus na direção deles. No último instante, Raimundo conseguiu empurrar a esposa para longe do veículo e foi atingido em cheio, sendo esmagado contra o próprio carro. A irmã Arli sofreu uma fratura grave de bacia e em várias costelas. Ela foi encaminhada para o Hospital Geral do Estado e depois transferida para o hospital Santa Izabel. Nirlana sofreu apenas uma contusão na face e passa bem.

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